
Este trabalho procura relacionar o conceito de sincronicidade, proposto inicialmente por Carl Gustav Jung, em situações do cotidiano, com o olhar da Abordagem Integrativa Transpessoal (AIT).
Jung teve curiosidade em mapear e estabelecer fronteiras na exploração da alma e isso o levou a formular essa teoria que procura articular um único sistema unificado, que abrange matéria e espírito e lança uma ponte entre tempo e eternidade. No mapa de Jung, a psique é uma região localizada no espaço entre a pura matéria e o puro espírito, entre o corpo humano e a mente transcendente, entre instinto e arquétipo. A sincronicidade, ou seja, a coincidência significativa, não é governada pelo princípio da causalidade, mas é um estado de psique interna influenciando eventos externos. O estado de vigília é apenas um dos estados do mundo da consciência, sendo que há muitas potencialidades e saberes inimagináveis que, se forem estimulados, afloram essa natureza essencial do ser humano. A AIT possui técnicas que levam a uma tomada maior de consciência, permitindo uma conexão cada vez maior consigo mesmo, com o essencial de cada ser. Essa abordagem trabalha com os níveis experienciais e evolutivos, amplia os níveis do inconsciente além dos dados autobiográficos, integra a dimensão superior da consciência e sintetiza os aspectos femininos e masculinos, evidenciando a unidade do Ser (Ser Integral), que se refere à integração do Ego e do Self, da personalidade e da individualidade. Ao buscar à verdadeira natureza da mente, emerge o Ser Integral. A sincronicidade fala da profunda e oculta ordem e unidade entre tudo o que existe. Objetivo: compreender a sincronicidade dentro da AIT e relacionar com valores e vida cotidiana. Metodologia: a pesquisa científica é, quanto ao objetivo, descritiva; quanto ao local, pesquisa bibliográfica; quanto ao procedimento de coleta de dados, documental. Resultados e Discussão: quanto mais o indivíduo estiver integrado, presente no seu aqui e agora, mais experienciará a situação em que está e desfrutará das possibilidades, inclusive a sincronicidade. Ao se conhecer melhor, o indivíduo desenvolve o potencial que é inerente e dá sentido à existência pessoal e cósmica. O princípio da sincronicidade afirma que os termos de uma coincidência significativa são ligados pela simultaneidade e pelo seu significado, sendo que este constitui o critério indispensável para julgar o fenômeno. Conclusão: a sincronicidade mobiliza os elementos do desenvolvimento psico-espiritual, o REIS (razão, emoção, intuição e sensação), e, quando esses elementos estão integrados, a psique favorece o desenvolvimento de um ego saudável. O fluxo de energia psíquica se desloca do Ego para o Self, em busca da individualidade e dos processos de expansão da consciência propícios à manifestação do supraconsciente e valores superiores. A sincronicidade traz a percepção desse caminho evolutivo, sendo que, ao prestar atenção aos sinais, pode-se transformar aquilo que é ordinário em transcendente e elaborar um novo significado à existência. Essa teoria desafia as fronteiras comumente traçadas, assim como a Abordagem Integrativa Transpessoal (AIT) é um referencial contemporâneo e transdisciplinar em psicologia.
Luciana Wiederin Maschietto é Terapeuta transpessoal com especialização em Psicologia Transpessoal, na Abordagem Integrativa Transpessoal, com certificação internacional pela DGERT. Nutricionista com experiência em segurança de alimentos, gestão da qualidade, treinamentos e auditorias. MBA pela FGV em Gestão Empresarial. Cursos de aprofundamnto: Reprogramação Mental e Terapias Regressivas – Sueli Meirelles; Psicologia Transpessoal – PROSER/HC; Síndrome do Pânico / Criança Ferida à Criança Divina / Depressão, culpa, espiritualidade – Dra. Vera Saldanha; Psicologia Breve Transpessoal – Dra. Arlete Silva Àcciari. Formação de Facilitadores em Processos Circulares – Justiça Restaurativa. Membro como terapeuta clínico do CIT Brasil (Colégio Internacional dos Terapeutas).
Contatos: E-mail: luwima@terra.com.br | WhatsApp: (11) 99212-7633
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