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Benefícios da Psicoterapia Corporal Integrativa

  1. Psicoterapia Corporal

O que caracteriza uma Psicoterapia Corporal é a possibilidade de construir um olhar para a expressividade corporal como instrumento de diagnóstico e compreensão das angústias e ansiedades do paciente. No atendimento clínico consideramos a palavra e o corpo como focos inter-relacionados e procurando percebê-los como construtores de sentido para o aprofundamento das questões singulares de cada paciente.

A compreensão do cliente pelo psicoterapeuta corporal se dá em sua totalidade bio-psíquica, levando em consideração seu contexto histórico e cultural. A expressão corporal de cada indivíduo se evidencia de forma integrada às suas características psicológicas. A subjetividade se manifesta através de duas fontes: a ordem verbal e a ordem não verbal (expressos no corpo).

A construção dos pressupostos teóricos da Psicoterapia Corporal se deu através de Wilhelm Reich (1924 a 1930), quando ingressa na Sociedade Psicanalítica de Viena e coordena o Seminário de Técnicas Psicanalíticas de Viena. Nesse seminário foi discutido por que os pacientes entendiam racionalmente, qual era a origem de sua problemática pessoal, mas não tinham compreensão efetiva que integrasse afeto e representação psíquica. Reich percebeu que apareciam resistências que impediam o trabalho da elaboração do material inconsciente. Que essas resistências apareciam, especificamente, na forma como cada paciente se expressava (tom pessoal e expressões corporais), que se caracterizavam como aspectos transferenciais (Ex.: tom desafiador, de descrédito ou sedutor). Para Reich – “Se não houvesse uma análise das resistências expressas nesses tons peculiares de cada paciente em seus vínculos afetivos, o trabalho não poderia ser aprofundado e abstraído pelo mesmo”.

Para Freud (1996 [1908]:164) posturas específicas são traços de caráter permanentes ou prolongamentos inalterados dos instintos originais, ou sublimação desses instintos, ou formações reativas contra os mesmos. Em “Inibições, Sintomas e angústias aponta que os traços de caráter representam o modo como o ego tenta controlar a angústia produzida pelos conflitos.

Aprofundando seus estudos sobre o conceito de caráter, Reich afirma que “caráter é a forma habitual como cada pessoa se apresenta e se coloca no mundo e, principalmente, o conjunto de defesas das quais se utiliza em situações de conflito e contato com suas angústias e ansiedades”.  O caráter consiste numa mudança crônica do ego como se fosse um enrijecimento. Esse enrijecimento é a base real para que o modo de reação característico se torne crônico (proteger o ego dos perigos internos e externos). Essa formação protetora, se cronifica – “encouraçamento”, e promove uma restrição à mobilidade psíquica da personalidade como um todo (Reich, 1989).

Para Reich, a resistência não se expressa em termos de conteúdo, mas de forma: o comportamento típico, o modo de falar, gesticular e os hábitos característicos (como sorri, faz escárnio de algo ou alguém, se fala de maneira coerente ou não, o quanto é polido ou o quanto é agressivo).

A Análise Bioenergética de Lowen vê o indivíduo como uma complexa relação uma entre Corpo, Mente e Espírito, onde estes se auto influenciam. Os mecanismos de defesas psicológicas, que são usados para lidar com o estresse, frustrações, dor e sofrimento, também  se expressam por um padrão muscular no corpo. São padrões inconscientes, que passam a fazer parte da estrutura corporal e de personalidade da pessoa. Embora não se dê conta, da  natureza do sintoma que evidencia, por não estar consciente de determinados aspectos, o terapeuta observa esses padrões a partir de uma leitura corporal e escuta ativa do seu relato e da sua história pessoal. “A leitura corporal, em geral, baseia-se na observação do fluxo da energia (vitalidade), da capacidade de autocontrole, do autoconhecimento e, da capacidade de contato com a realidade – grounding” (LOWEN, 1982).

O trabalho do psicoterapeuta corporal está em identificar essa estrutura de encouraçamento – caráter, procurando trabalhar o conteúdo discursivo do cliente e dedicando especial atenção à forma de expressão do mesmo (como fala e age). O tom da voz, respiração, a postura, a proximidade e a distância nos fornecem elementos para a leitura da comunicação não verbal. Buscar entender como esses aspectos foram importantes para a organização psíquica pessoal ao longo dos momentos da vida do indivíduo. Ou seja, representam a forma como cada pessoa organizou seu repertório emocional.

O caracteriza a couraça é exatamente a permanência das imagens e emoções vivenciadas com angústia ao longo das relações com pessoas afetivamente significativas. Na couraça, tais imagens e emoções mantêm-se internalizadas, mesmo que as situações originais externas tenham cessado. Nesse processo, a ameaça original externa persiste no psiquismo e no corpo da pessoa. Continua acreditando que ainda seja necessário agir de determinada forma exclusiva quando, na verdade, pode-se encontrar, a partir do processo psicoterapêutico, outras formas de compreensão e ação.

Na Psicoterapia Corporal, trabalha-se partindo do contexto presente, tecendo relações com a história pessoal para que o cliente possa compreender e elaborar suas tramas familiares e construir um sentido para suas experiências. “O inconsciente não se manifesta só nos sonhos, nos atos falhos e em contradições verbais, mas também naquilo que o corpo sente ou faz sem que a própria pessoa perceba sua ação. Se sua linguagem puder ser simbolizada e dotada de sentidos, temos mais um excelente instrumento de trabalho terapêutico”.

O corpo é o melhor instrumento para tomarmos consciência de nossa necessidade de transcendência, da nossa estrutura de caráter, dos aspectos de luz e sombra, das nossas tensões, da forma como nos relacionamos, da nossa capacidade de auto-regulação e de aprendizagem. O corpo é nossa chave de acesso à dimensão espiritual, para entendermos o mistério da vida. 

  1. Objetivos da Psicoterapia Corporal 

– Favorecer e desenvolver o fluxo energético entre os anéis/segmentos corporais e no corpo como totalidade.

– Compreender os ritmos de contração/expansão, que são sintetizados pelo  processo de pulsação.

– Ampliar a plasticidade emocional e a flexibilidade em sua expressão corporal.

– Perceber como se comunica e o que comunica na dimensão não verbal.

– Analisar os conflitos reprimidos e liberar os sentimentos   canalizando a energia para o desenvolvimento de comportamentos mais saudáveis.

  1. Resultados da Psicoterapia Corporal
  1. Uma respiração mais profunda;
  2. Uma maior sensação de vitalidade e energia;
  3. Uma percepção ampliada da realidade, tanto pela conscientização do corpo, de sua posição, olhos, audição, como intuitivamente;
  4. Maior consciência corporal, sentimentos e comportamentos integrados;
  5. Mais espontaneidade nos movimentos e na auto expressão.

Portanto, o objetivo da terapia é proporcionar mais saúde e qualidade de vida, á partir de uma maior consciência corporal, facilitando processos que ajudem a expressão mais adequada das dores, prazeres, alegrias e tristezas, amor, sexualidade e raiva. Ajudando  o organismo a retomar a naturalidade da capacidade vibratória de expansão e contração (LOWEN, 1982).

  1. Os módulos da Formação

 1º Pressupostos Básicos das Abordagens Corporais

Os pressupostos básicos que fundamentam a Psicoterapia Corporal. A Psicanálise e Reich. Onde está o corpo na Psicanálise? Concepções do corpo historicamente relevantes. O avanço da Psicoterapia Corporal. Exercícios vivenciais.

2º Fundamentos Básicos da Bioenergética

As estruturas de caráter – padrões de negação. A noção de estrutura e as grandes estruturas. Como fazer uma análise de caráter: relação entre caráter e postura corporal. Princípios da Bioenergética. Técnicas de intervenção na couraça muscular. O corpo em terapia. Conceito de Grounding e Surrender. Mapa Corporal. Exercícios Vivenciais.

3º O Corpo e Seus Símbolos

A análise simbólica do adoecimento. Desvendando as mensagens dos sintomas. Uma visão holística do ser humano. Desvendando as mensagens no corpo. Dialogando com o corpo: Decodificando a linguagem corporal. O absurdo corporal.

Exercícios Vivenciais.

4º Corpo e Sexualidade

Anatomia dos órgãos Sexuais. Desenvolvimento Psicossexual. Resposta Sexual Humana. Disfunções Sexuais Masculina e Feminina. O Prazer como Orientação Primária. Terapias Psicodinâmicas. Terapias Comportamentais. Terapias Humanísticas-Existenciais. Terapia Transpessoal. Trabalhando Mitos e Crenças. Desenvolvendo atitudes Positivas em Relação à Sexualidade. Energia vital. A sexualidade na Psicoterapia Corporal. Exercícios Vivenciais. 

5º Integrando as Abordagens Corporais

O que é Psicoterapia Corporal. Psicoterapia Integrativa: como é e como funciona. Perspectivas do Funcionamento humano: Sistemas Dinâmicos. O Corpo em Terapia: Abordagem Corporal na Psicoterapia Junguiana e Gestalt Terapia. O corpo como fonte de informação e recurso no processo terapêutico. Quando o coração não chora o corpo chora. O paciente como mente, o paciente como corpo e como ser multidimensional. Contribuições da Psicoterapia Humanística. Exercícios Vivenciais. Supervisão.

6º Corpo e Transcendência

Conceito de saúde e conceito de graça corporal. Aspectos dinâmicos e estruturais da Psicoterapia Corporal. Postura do Psicoterapeuta Corporal. Diferentes escutas do corpo: Anamnese médica ou fisiológica, psicológica e espiritual do corpo. A Psicoterapia Humanista Corporal e a dimensão Espiritual: o caminho para uma dimensão real. Exercícios Vivenciais.

7º Corpos Sutis

A Psicologia Oriental e Tradições. Psicologia da Consciência e Corporeidade.

O Sistema dos Centros Vitais no Corpo Físico. Agressividade, Sexualidade e Amor.

Níveis de Desenvolvimento e os Centros Vitais. Exercícios Vivenciais. 

8º Postura do Terapeuta Corporal

Requisitos indispensáveis para o Psicoterapeuta Corporal. Funções do Psicoterapeuta Corporal. Essência da Psicoterapia Corporal. Formação do Psicoterapeuta Corporal. Supervisão e Exercícios Vivenciais.

Comment(1)

  1. REPLY
    Sandra R. O. Cunha diz

    Quero informações de horários.

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